
Na aula de hoje com a prof. Edleusa foi falado sobre os livros de Mary França e Eliardo França. Nossa prof. leu o livro O REI DE QUASE-TUDO, o qual é seu favorito.
A obra aborda o atualíssimo tema do desejo de ter, característico da sociedade de consumo deste final de século. Em detrimento do desejo deser, o homem de hoje deseja apenas possuir bens materiais, sempre acumulando riquezas e apoderando-se de todas as novidades que o mercado lhe oferece. E assim simula uma aparência: parece ser feliz.
Através de um texto breve, numa linguagem despida de artifícios, o autor traz à cena a personagem que encerra o insaciável desejo de posse: o Rei de Quase-Tudo. As seis primeiras ilustrações, em perfeito diálogo com o texto verbal, sinalizam para a acumulação de posses do rei: em cores vivas, representam a exuberância dos bens que vão sendo adquiridos. Já a sétima ilustração introduz o tom monótono e sombrio que permeia a vida de quem já tem quase tudo. E finalmente a oitava ilustração e a nona retomam os tons exuberantes e apontam para a plenitude daquele que, feliz e em paz, já agora sabe que não é preciso ter tudo. Ao reconhecer que, em liberdade, cada coisa pode ser em plenitude e, assim, estender sua plenitude a todos, "o Rei viu que não era mais o Rei de Quase-Tudo. Ele agora tinha tudo."
No que diz respeito à recente produção de literatura para a infância, O rei de Quase-tudo(1974) alinha-se entre obras como as produzidas por Angela Lago, Ziraldo e Eva Furnari, entre outros. Pode ser também comparada a outras obras de literatura infantil brasileira cujo tema é a desmitificação do poder, como O reizinho mandão, de Ruth Rocha, e Era uma vez um tirano, de Ana Maria Machado, entre outros.
As ilustrações são despojadas de artifícios e tal simplicidade permite que a cena por elas proposta seja de imediato compreendida pelo leitor. Ao acionarem a fantasia infantil, as ilustrações - que acompanham o ritmo ágil do texto - constituem um insinuante convite à criança, levando-a a buscar soluções para os problemas que a acompanham no seu dia-a-dia.
Mary e Eliardo França
Mary e Eliardo França formam um dos pares mais conhecidos da literatura infantil, sobretudo pela autoria da Coleção Gato e Rato, dedicada especialmente à criança que está sendo alfabetizada. Mary França estreou na literatura infantil em 1973, com o livroO menino que voa. Em 1978, já em parceria com Eliardo, publicou os primeiros livros da Coleção Gato e Rato, cujo texto vivo e lúdico e as belíssimas ilustrações já encantaram milhares de crianças brasileiras e estrangeiras.
visite: http://www.eliardo.com.br/
*As crianças do maternal se divertem com as histórias de Mary França e Eliardo França
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